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15 de mai. de 2014

Yayoi Kusama - Versão japonesa de Andy Warhol

Considerada a versão japonesa de Andy Warhol, a artista Yayoi Kusama é multimídia. Trabalha pinturas, colagens, esculturas, arte performática, instalações ambientais, literatura e cinema. Considera-se uma artista obsessiva e suas obras têm como padrão a repetição e a acumulação.






Psicopatologia de Kusama

Yayoi Kusama nasceu em Matsumoto (Nagano/Japão), em 1929. Desde criança sofre de alucinações e tem pensamentos obsessivos, muitos deles suicidas. Segundo ela, seus problemas psicológicos decorrem dos abusos físicos graves causados por sua mãe, quando ela ainda era uma menina.

Minha mãe era uma empresária astuta, sempre terrivelmente ocupada com seu trabalho. [...] ela era extremamente violenta. Ela odiava me ver pintar, então ela destruiu as telas que eu estava trabalhando. Eu tenho as fotos de minhas pinturas desde que eu tinha dez anos quando comecei a ter alucinações.
Eu as fiz em grandes quantidades. Mesmo antes de eu começar a pintar, eu era diferente das outras crianças. Minha mãe me batia e me chutava no traseiro a cada dia, irritada porque eu estava sempre na pintura. [Entrevista concedida por fax ao Bomb Site]


A descoberta de sua arte

Embora tenha formação acadêmica em pintura japonesa, chamada Nihonga – pinturas feitas de acordo com as convenções de materiais e técnicas tradicionais japonesas, não foi esse o caminho artístico percorrido por Yayoi Kusama.

Foi aos 21 anos (1950), que Yayoi Kusama começou a cobrir tudo o que via com bolinhas – paredes, pisos, objetos domésticos, quadros, pessoas... A essa compulsão, a artista deu o nome de “redes de infinitos”. A artista afirma que as redes de infinito saíram de suas alucinações.

Sua primeira série de “pintura em tela”, intitulada “Infinity Nets”, surgiu em 1951. Na verdade, são uma série de telas cobertas por uma sequência de redes e pontos, aludindo às suas visões alucinatórias.



A vida artística de Yayoi Kusama

Depois de viver em Tóquio e França, Kusama foi para Nova Iorque. Lá se tornou líder do movimento de vanguarda da época. Realizou diversas apresentações performáticas em locais públicos, como o Central Park e a ponte do Brooklyn. Suas performances de rua faziam enorme sucesso, principalmente quando pintou bolinhas em homens e mulheres nus enaquelas em que protestava contra a Guerra do Vietnã.

Foram momentos de muita fama. Kusama era conhecida como a versão feminina e japonesa de Andy Warhol pelos amantes da Pop Art. Era reconhecida como minimalista.

Parece ter sido esquecida por um tempo.

Em 1973 Yayoi retornou ao Japão. Nesse período Kusama escreveu muito – romances, contos e poesias –, mas o mundo das artes parecia tê-la esquecido. Além disso seu transtorno obsessivo-compulsivo parece ter se intensificado naqueles dias.

Yayoi se internou em um hospital psiquiátrico, onde vive até hoje. Foi uma decisão pessoal da artista. Seu ateliê fica próximo à instituição e, assim, Kusama pode trabalhar frequentemente.

Em 1994, a artista inaugurou suas esculturas ao ar livre. Em 96, chegou às galerias nova-iorquinas. Em 98-99, foi a vez de Londres. Em 2000, Paris. No ano de 2004, em Tóquio, sua exposição recebeu nada menos que 520 mil pessoas. Neste mesmo ano, fez um turnê pelo Japão.



Pessoalmente, Yayoi me chega como uma mulher amplificada. Sua aparente loucura a sintoniza a todos os movimentos. Talvez por isso mesmo a imagem que escolheu seja circular, ondas que se amplificam engolindo todas as coisas como em movimento cósmico. Por isso a infinitude de suas redes.


Imagens


Yayoi Kusama – retratos







Arte performática




Minha arte é uma expressão da minha vida, sobretudo da minha doença mental.

Obras


Yayoi Kusama Infinity nets (1951)
© MoMA (Museu de Arte Moderna/NY)


Abóbora pontilhada


Anos


As luzes brilhantes das almas


Bienal de Singapura (Orchard Road/Singapura)


Escadas para o céu


Flor basel


Flores florescem em azumino


Infinita parede de espelhos

Minha arte é originário das alucinações que eu posso ver. Traduzo as alucinações e imagens obsessivas que me atormenta em esculturas e pinturas. Todos os meus trabalhos em pastel são os produtos da neurose obsessiva e, portanto, intrinsecamente ligado à minha doença. Eu crio peças, mesmo quando eu não vejo alucinações, no entanto.

Infinita sala dos espelhos
Jardim narcisus
Let's carry das flowers

 Momento da regeneração

Morte de uma ilusão

Parc de Villette

Sexy

Xadrez

Yayoi kusama trabalhando

Veja também:


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Mol-TaGGe - arte e cultura



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2 comentários:

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